O que é manutenção predial e quais os principais serviços? Entenda

Além de detectar e corrigir problemas, a manutenção predial ajuda a prevenir falhas para manter a funcionalidade das construções, atender exigências de segurança e garantir vida longa às edificações.

Toda construção deve ser submetida a esses tipos de serviços ao longo de sua vida útil. Do contrário, o edifício corre o risco de perder sua capacidade funcional, e expor os usuários a situações de insalubridade e insegurança, além de desvalorizar o patrimônio.

Como fazer gestão da manutenção condominial

Como fazer a gestão de manutenção de um condomínio?

Em condomínios, negligenciar a manutenção pode resultar em responsabilização civil de proprietários, síndicos e administradores. Para evitar problemas, um plano de gestão deve ser implantado, começando com a realização da inspeção predial.

A partir daí o síndico e/ou administradora passam a ter uma espécie de radiografia da situação real do prédio no que diz respeito à funcionalidade, atendimento às normas técnicas, presença de falhas e/ou falhas. Fazendo uma analogia com a medicina, a inspeção é como um check-up. Todos os sistemas que compõem a edificação são analisados, da cobertura ao subsolo.

“A inspeção predial é base para a criação do programa de manutenção preventiva e corretiva”, explica a engenheira Rejane Berezovsky, diretora do Ibape-SP. Segundo ela, nessa etapa, é bastante comum a identificação de danos em sistemas de impermeabilização, instalações elétricas e hidráulicas, e fachadas.

Graus de risco

Além de detectar problemas, a inspeção predial permite classificar eventuais falhas quanto ao risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio. Dessa forma, as intervenções podem ser programadas em função de seu grau de criticidade.
As falhas podem ser:

  • Críticas – Implicam em danos à saúde e à segurança das pessoas e/ou ao meio ambiente, perda excessiva de desempenho causando possíveis paralisações, comprometimento sensível de vida útil e desvalorização acentuada. Esse tipo de falha exige intervenção imediata.
  • Regulares  – Promovem perda de funcionalidade sem prejuízo à operação direta de sistemas, redução pontual de desempenho, deterioração precoce e pequena desvalorização. Esse tipo de problema requer programação e intervenção em curto.
  • Mínimas  – Causam pequenos prejuízos à estética ou à atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares. “São anomalias de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário, recomendando programação e intervenção a médio prazo”, explica Berezovsky.

Montando um plano de manutenção predial
O programa de manutenção predial deve ser elaborado de acordo com a ABNT NBR 5674:2012 Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão da manutenção. Ele deve considerar as características das edificações, como tipologia, uso efetivo, tamanho e complexidade, localização e implicações no entorno.

Em empreendimentos novos, as correções devem seguir o manual de uso e operação do projeto fornecido pela construtora em atendimento a ABNT NBR 14.037:2011 – Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações. O não cumprimento dessas ações nesses casos pode implicar em perda da garantia por parte da construtora.

plano de manutenção predial deve englobar todos os componentes do edifício, incluindo estrutura, alvenarias, revestimentos, instalações (hidráulicas, elétricas, de combate a incêndio e gás), ventilação, máquinas e equipamentos (elevadores, escadas rolantes, bombas etc).

Manutenção preditiva, preventiva e corretiva
Para cada item, devem ser previstas atividades de manutenção preditiva, preventiva e corretiva.

A manutenção preditiva inclui atividades que visam o estudo de sistemas e equipamentos que compõem a edificação, com análises de seus comportamentos em uso. O objetivo é apontar eventuais danos, além de direcionar e programar os procedimentos de manutenção preventiva.

Já a manutenção preventiva, por sua vez, contempla atividades planejadas de controle e monitoramento que prezam a conservação dos bens, elementos e equipamentos que formam as edificações. A ideia é reduzir ou impedir falhas de desempenho.

Por fim, há a manutenção corretiva, que inclui ações emergenciais e sem planejamento, necessárias para permitir a continuidade do uso do sistema, elementos ou equipamentos das empresas.

Além da periodicidade de cada atividade de manutenção, o planejamento deve detalhar os controles a serem empregados para garantir a realização dos serviços. Também precisa especificar se as intervenções devem ser realizadas por empresa capacitada e/ou especializada ou pela equipe de manutenção local.

Vale lembrar que a execução de muitos serviços de manutenção de edificações exige responsabilidade técnica de empresa e profissional habilitado.

Matéria retirada do site optimusprime.com.br

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